10 novembro 2012

Kristen Stewart em entrevista à Edição de Novembro da Revista Backstage

 A artista Kristen Stewart está na capa da Revista da edição de Novembro da ''Backstage'',ela concedeu um entrevista a revista,onde falam sobre a carreira da atriz. Confira:


Desde que sua carreira decolou na estratosfera com o primeiro filme “Twilight” em 2008, Stewart tem sido frequentemente retratada na mídia como série e mal-humorada, intensamente privada e desconfortável para dar entrevistas. Mas passando alguns minutos com a atriz de 22 anos, se torna aparente que nada poderia estar mais longe da verdade. Sentada no canto de um restaurante de hotel em Beverly Hills, usando uma simples camiseta branca e um boné de beisebol apenas dias antes do lançamento do capítulo final de “Twilight”, “Breaking Dawn: Part 2,” Stewart parece completamente a vontade. Ela é pensativa e calorosa; tirando o fato de que só nos encontramos uma vez, de passagem, seis semanas antes, ela instantaneamente reconhece e cumprimenta sua entrevistadora com um abraço amigável. Ela tem um senso de humor afiado. E, para registrar, “Eu, na verdade, gosto de dar entrevistas!” Ela elabora, “Dado que eu possa falar com cem ou mais pessoas em uma coletiva de imprensa, em algum ponto vai ser criado algo que vai me fazer ver as coisas que eu nunca considerei. É fascinante falar com tantas pessoas sobre uma das coisas mais importantes na sua vida.”

Stewart também é uma atriz, e boa nisso, um fato que parece ter sido perdido por toda a atenção da mídia devotada em sua vida pessoal. Mas antes de “Twilight,” seu talento foi obviamente ao gosto de David Fincher, que colocou Stewart, aos 10 anos, para interpretar a filha de Jodie Foster em “Panic Room,” e Sean Penn, que a escolheu a mão para aparecer em seu filme “Into the Wild” de 2007. Também há seus filmes independentes aclamados como “Speak” e uma jovem mulher com desordem neurológica em “The Cake Eaters” de 2007, uma performance tão convincente que as pessoas iriam sempre perguntar a diretora Mary Stuart Masterson onde ela havia encontrado uma atriz com a doença. No próximo mês, veremos Stewart em um dos seus papeis mais desafiadores de se fazer, como Marylou, um espírito livre de 16 anos em “On the Road,” adaptação para as telonas do diretor Walter Salles sobre o adorável romance de Jack Kerouac.

Stewart conheceu Salles em 2007, após o diretor ter visto sua performance como a adolescente melancólica em “Into the Wild,” mas demorou anos para que o filme fosse feito. Tempo esse que Stewart está grata por. “O papel foi tão além de mim naquele momento,” ela diz. “Eu amei a personagem e eu teria feito qualquer coisa para estar envolvida com esse filme. Mas eu fui embora tremendo porque eu estava pensando ‘Ah, meu Deus, eu acho que vou conseguir o trabalho e eu não sei se posso fazer isso!’”

Interpretar alguém tão desinibido quanto Marylou, que ao mesmo tempo mantem um romance com seu namorado, Dean (Garrett Hedlund), e o protagonista do filme, Sal Paradise (Sam Riley), exigiu de Stewart ficar exposta, figurativamente e literalmente. A nudez não intimidou Stewart, que interpretou uma stripper em “Welcome to the Rileys” de 2010, embora ela soubesse que era algo a que a mídia iria se agarrar, antecipando manchetes como “A boa garota de ‘Twilight’ mostra tudo!” diz Stewart, “Eu sei que é uma coisa estranha de se dizer, mas eu não me preocupei. Eu gosto de derrubar paredes. Eu não quis esconder, especialmente como Marylou — ela é a última pessoa que iria esconder.” Como se vê, foi uma simples cena de dança que mais aterrorizou Stewart. “Mas sempre que eu tinha dúvidas, eu falava com Walter, e todas as minhas apreensões iam embora,” ela diz. Ela começa a elogiar seu diretor por um tempo antes de parar e dizer, “O que eu posso dizer — ele é incrível.” Salles, em troca, não tem nada mais que boas palavras para Stewart. “Kristen é uma atriz seriamente talentosa que vai nos surpreender muitas vezes no futuro,” o diretor diz durante uma ligação direto do Brasil. “Ela tem a possibilidade de fazer praticamente o que ela quiser, e ela opta por papeis que são escolhas muito corajosas — personagens que você pode não esperar que ela faça.”

Enquanto “On the Road” parece ser uma tentativa para quebrar sua imagem de “Twilight”, esse é outro equívoco sobre Stewart; diferente de outros atores associados a franquias populares, ela não está interessada em esconder Bella Swan. “Outras pessoas tentam me distanciar dela, mas não eu,” ela diz. “Eu disse isso umas cem vezes antes: Eu amo Bella.” A esse fim, ela admite ficar frustrada quando as pessoas rotulam o personagem como fraco ou passivo; parece um argumento falho, considerando quantas vezes Bella toma atitudes que colocam sua vida em risco para lutar pelo que ela ama. “Se Edward e Bella trocassem de lugar, ele seria visto como alguém para admirar, alguém que simplesmente coloca tudo na linha,” ela diz. “É preciso ser uma pessoa forte para se submeter a algo e se entregar completamente a algo. É uma relação de igualdade; ambos dão a mesma quantidade, então por que ela é condenada por isso? Eu não entendo.”

Além do sucesso de “Snow White and the Huntsman” este ano, Stewart tem gravitado para filmes independentes entre os filmes de “Twilight”, como interpretar Joan Jett em “The Runaways” ou abraçando seu oposto ao lado de Melissa Leo e James Gandolfini em “Rileys.” Mas “Twilight” tem muito mais em comum com esses filmes independentes do que as pessoas pensam; o primeiro filme não era garantido o sucesso quando ela assinou, apenas um filme com orçamento modesto e com atores desconhecidos de um estúdio não-comprovado. “É engraçado como as pessoas esquecem isso,” Stewart diz. “Se eu não parecer cheia de alegria em uma foto de paparazzi, as pessoas dizem, ‘Bem, você assinou para isso!’ Bem… não, na verdade não, certo?” Stewart pode identificar o momento que ela começou a perceber o que o filme iria se tornar. “Foi na Comic Con, quando nós fomos literalmente surpreendidos com a energia de 6.000 pessoas como uma parede de tijolos na cara. Aquele foi o momento que eu pensei, ‘Que porr* isso vai ser?’”

Ninguém poderia ter previsto o fenômeno que os filmes se tornariam, muito menos Stewart, que tenta fugir do olhar detalhado e da atenção em passos largos. O que nos leva à “Fifty Shades of Grey,” o fenômeno editorial erótico que começou como uma fanfic de “Twilight”. Stewart leu o livro? “Na verdade, não — eu dei uma lida em algumas partes,” ela diz. “Quando eu li as primeiras páginas descrevendo o cabelo bagunçado dela, eu fiquei, ‘Isso é tão estranho.’” Stewart não consegue resistir a uma risada desinibida, adicionando, “Mas é simplesmente tão obsceno! Quer dizer, obviamente, todo mundo sabe disso. Mas quando eu vejo as pessoas lendo isso nos voos e essas coisas, eu fico genuinamente surpresa. Tipo, você basicamente está lendo pornô agora! Tire essa manta do seu colo!”

Em 2007, Walter Salles estava jantando com dois amigos, o diretor Alejandro González Iñárritu de “Babel” e o compositor Gustavo Santaolalla, quando ele mencionou que ele estava procurando por uma jovem atriz para interpretar Marylou em “On the Road.” Salles diz, “Ambos falaram, em união, ‘Você precisa encontrar essa garota que está em ‘Into the Wild.’” Após conferir o filme, Salles foi levado até a então desconhecida Kristen Stewart. “Kristen não aparece nos primeiros dois terços do filme, mas quando ela entra na história, ela simplesmente traz uma luz única e qualidade magnética à tela que poucas atrizes possuem,” ele diz. Após um encontro no Sunset Marquis (um lugar que agora Stewart diz que tem “um lugar muito especial em meu coração”), Salles ofereceu o trabalho à ela. “Muitos atores estavam fazendo testes para o filme nesse ponto, e eu nem mesmo pedi à ela para fazer teste,” ele diz.

No set, Salles diz que Stewart impressionou a todos com sua ética de trabalho. “Ela é inacreditavelmente concentrada. Ela pode ser tão dura com ela mesma; ela não desiste até que ela alcance um ponto onde ela acredita que fez seu melhor. Esse tipo de busca por excelência é um presente para qualquer diretor.” Quando a seus talentos menos conhecidos, ele diz, “O iPod dela tinha a melhor seleção de música dos anos 70 que você poderia encontrar, então sempre que queríamos música boa, nós íamos informar Kristen. E também, ela joga bilhar tão bem quanto os garotos. Melhor, de fato. Ela os vencia a maior parte do tempo.”

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